segunda-feira, 2 de maio de 2011

Galeão está com licença para funcionamento de ETE vencida

Apesar de contar com uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), onde são cuidados tanto os dejetos das instalações quanto os produzidos nas aeronaves, o Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, o Galeão, na Ilha do Governador, ainda não teve a licença para o funcionamento da ETE renovada. De acordo com o coordenador de Meio Ambiente da Infraero no Rio, Fued Abrão, a empresa deu entrada na renovação junto ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em novembro de 2010 – a licença expirou em 31 de janeiro de 2011. A Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), que fez uma vistoria na manhã desta segunda-feira (02/05) no Galeão, vai pedir ao INEA um esclarecimento sobre o atraso na concessão da licença. Participaram da vistoria as presidente e vice da comissão, deputadas Aspásia Camargo (PV) e Lucinha (PSDB), respectivamente, e o deputado Luiz Martins (PDT).

A ida de representantes do colegiado à Ilha deveu-se à denúncia do biólogo Mário Moscatelli, de que o aeroporto estaria despejando esgoto irregularmente na Baía de Guanabara. A informação, de acordo com a própria Infraero, não procede, pois a empresa revelou que as supostas línguas negras que podem ser vistas entre o Galeão e o mar são canais dos drenos da pista de decolagem. “Tudo leva a crer que não era um problema de vazamento de esgoto, já que vimos o sistema de tratamento do esgoto do aeroporto funcionando perfeitamente”, declarou Aspásia.

Os membros da comissão aproveitaram a vistoria para conhecer a ETE do Aeroporto. “A nossa ETE atende todos os padrões legais. Portanto, descartamos a hipótese de despejo irregular na baía”, destacou Fued Abrão. Segundo ele, atualmente todo o sistema de ar-condicionado do aeroporto funciona com água de reuso proveniente da estação. “Usamos 500 mil litros de água por dia neste sistema, pois estamos ajudando o meio ambiente, evitando o desperdício”, ressaltou, mostrando que a água resultante do tratamento é “transparente e inodora”.
Texto: André Coelho - Alerj

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