quinta-feira, 19 de maio de 2011

Comissão pede relatório de obras da Cedae na Baixada


A Comissão Especial para tratar da deficiência do abastecimento de água na Baixada Fluminense da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Waguinho (PRTB), vai pedir um relatório físico-financeiro à Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), com informações sobre as obras e melhorias que serão realizadas na região. De acordo com o gerente regional da companhia na Baixada, Renato Lima do Espírito Santo, a empresa pretende investir R$ 700 milhões na localidade. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (19/05), em audiência pública realizada pelo colegiado. A empresa tem um prazo de 15 dias para entregar o relatório. “Vamos cobrar. Para nós, o problema de água na Baixada só estará solucionado quando as famílias tiverem água nas suas torneiras”, disse o presidente da comissão.

Suplente da comissão, a deputada Lucinha (PSDB) disse que recebeu um relatório da companhia no mês de março, indicando a finalização de centenas de obras na região ainda este ano. No entanto, segundo ela, visitas realizadas pela comissão em municípios da Baixada identificaram obras paradas e projetos que ainda nem saíram do papel. “No município de Duque de Caxias, apenas 45% dos projetos foram concluídos. Precisamos acompanhar a execução dessas obras”, declarou. Segundo o gerente da Cedae, a empresa vem realizando uma reordenação no sistema de abastecimento. Ele alertou, porém, que as melhorias só serão sentidas pela população a longo prazo. “A principal função da Cedae é atender a população. Estamos fazendo o possível para melhorar o sistema e ficaremos à disposição dos deputados para acompanhá-los nas visitas”, completou. A relatora da comissão, deputada Rosângela Gomes (PRB), mostrou-se insatisfeita com as explicações apresentadas pelo representante da companhia. “A programação da empresa não reflete o que nós vimos durante as visitas. A Cedae é uma empresa enorme, que hoje gera lucros. É inaceitável que a população da Baixada não seja contemplada com os serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto", criticou.

O presidente da comissão afirmou que o objetivo da comissão neste momento é apurar as possíveis causas da paralisação das obras. “Infelizmente, percebemos um contraste entre as informações apresentadas pela companhia e a realidade da população. Vamos continuar convocando os representantes até obter respostas convincentes”, finalizou Waguinho. Também estiveram na audiência o vice-presidente da comissão, deputado Alessandro Calazans (PMN), os membros efetivos, deputados Zaqueu Teixeira (PT) e Claise Maria Zito (PSDB) e os deputados Pedro Fernandes (PMDB) e Xandrinho (PV).
 
Fonte: Alerj

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