Alerj aprovou projeto de lei do Executivo que autoriza contratação de R$ 415 mi para serem gastos em obras de saneamento na Região Metropolitana
Transparência nos gastos do empréstimo que o Governo do Estado vai fazer para projetos de saneamento na Região Metropolitana do Rio. Este foi o apelo feito pela deputada estadual Lucinha (PSDB) na reunião da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), realizada na tarde dessa quarta-feira (27/04). “Liberar o dinheiro é fácil, o difícil é executar obras que beneficiem a região, principalmente na área ambiental”, disse a deputada, que é vice-presidente da comissão.
Lucinha se refere ao projeto de lei 261/11 aprovado na Alerj na última terça-feira (26/04), que autoriza o Poder Executivo, autor da proposta, a contratar operação de crédito que se destinam à complementação dos Troncos do Sistema Alegria – Tronco Faria Timbó e à ampliação do sistema de abastecimento de água da zona Oeste – Santa Cruz, Guaratiba e outros e do sistema de abastecimento de água da Barra da Tijuca e Adjacências, todos localizados na cidade do Rio de Janeiro. No valor de R$ 415,4 milhões, o empréstimo será realizado junto à Caixa Econômica Federal no âmbito do Programa Saneamento para Todos, do Ministério das Cidades. “A Comissão de Saneamento exigirá a transparência do processo desde o início até execução final dessas obras. Além disso, todos nós devemos fiscalizar onde o dinheiro público está sendo utilizado. É necessário que seja elaborado um cronograma físico e financeiro para que a população também possa acompanhar”, informou Lucinha.
O deputado estadual Luiz Paulo (PSDB) apresentou nove emendas ao projeto, que foram aprovadas no plenário por 27 votos a 20, apesar do parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj. Essa proposta diz que os recursos provenientes do empréstimo poderão ser investidos na rede do sistema Guandu para o abastecimento dos municípios da Baixada Fluminense. “Todos sabemos do problema de abastecimento que cidades como Duque de Caxias, Nilópolis, Mesquita, Seropédica, Nova Iguaçu, Belford Roxo, Queimados, Paracambi e Japeri enfrentam. É importante que o texto siga para o governador com esta sinalização”, argumentou. O texto será enviado para a sanção do governador Sérgio Cabral.
Ausência de investimento em meio ambiente degrada rios e lagoas do estado
| Moscatelli apresenta degradação da Bacia Hidrográfica da Região Metropolitana |
Em sua palestra, Moscatelli comprovou em fotos que as bacias hidrográficas estão comprometidas devido à grande quantidade de esgoto que vem dos sistemas de águas pluviais, mesmo com a existência de elevatórias. “O Governo do Estado tem que dar uma solução técnica para tratar o esgoto porque as estações de tratamento de água tem que fazer milagre para fornecer água potável. É preciso transformar os rios em rios de verdade porque agora são valões de esgoto”, explicou.
| Uma das três bombas que CSA colocou no meio da rua em São Fernando não aguentou a pressão e estourou |
Lucinha aproveitou a oportunidade, e pediu ao biólogo para fazer um levantamento sobre a situação do Canal de São Fernando, Santa Cruz. Os moradores da comunidade de mesmo nome sofrem com as chuvas há mais de um ano, quando entrou em funcionamento a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA). Na construção da empresa, foi realizado um desvio de 90° no canal, que passou a desembocar no Rio Guandu e não mais na Baía de Sepetiba, o que agrava a situação pela falta escoamento da água. “Após essa alteração, basta chover no Guandu que a comunidade alaga”, informou.
Projeto Olho Verde trabalha com denúncias ambientais
Moscatelli é integrante do projeto Olho Verde, que tem por objetivo conscientizar a população e os órgãos ambientais sobre a importância da preservação dos rios, lagos e praias do estado. Mensalmente, a equipe técnica do projeto sobrevoa a bacia hidrográfica fluminense para registrar o despejo irregular de esgoto. O material fica sempre disponível no site Biólogo.com (www.biologo.com.br). “Diagnosticamos os problemas e, depois, fazemos um relatório, que é encaminhado aos órgãos públicos responsáveis”, explicou Moscatelli.
O projeto trabalha também com denúncias ambientais feitas no próprio site. “É um absurdo que nossa sociedade tenha chegado a esse ponto. É muita falta de civilidade uma pessoa jogar seu sofá em um mangue. Digo com certeza que isso independe de classe social, pois vemos coisas assim na Praia da Barra, onde a maioria dos frequentadores é de uma classe social mais alta. Apesar disso, a praia vive suja e o esgoto desemboca no mar da mesma forma”, protestou o biólogo.
Estação de tratamento de São Gonçalo será vistoriado pela comissão
| Deputadas Lucinha e Aspásia com Moscatelli |
Com informações da Alerj
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