Os impactos ambientais causados pela instalação da ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, serão tema de nova audiência pública na próxima terça-feira (14/06), às 9h, na sala 311 do Palácio Tiradentes. Além de representantes da Associação dos Pescadores da Baía de Sepetiba, os deputados da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) também debaterão o assunto com o pesquisador do Centro de Estudo da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Hermano Albuquerque de Castro. Ele é o médico responsável pelo laudo coletivo divulgado mês passado que atesta que a fuligem expelida pela CSA causa danos à saúde das pessoas.
A Comissão Especial da Alerj foi criada para apurar possíveis irregularidades e imprevidências do Governo do Estado e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) no processo de concessão de licenciamento ambiental referente à implantação da CSA no Rio. “Será mais uma rodada de discussão que estamos trazendo a esta Casa para tentarmos buscar uma solução para os problemas causados pela CSA em Santa Cruz. Nesta segunda audiência pública e nas próximas que virão, vamos ouvir cada envolvido específica e separadamente para extrairmos o máximo de informações para o nosso relatório final que será entregue aos órgãos ambientais estadual e federal, para que as providências cabíveis sejam tomadas porque os moradores daquela região não podem continuar sofrendo”, explica a presidente da Comissão Especial, deputada estadual Lucinha (PSDB). Também fazem parte da comissão os deputados Paulo Ramos (PDT), que é vice-presidente, Janira Rocha (Psol), a relatora, André Lazaroni (PMDB) e Zaqueu Teixeira (PT).
A primeira audiência pública da comissão, realizada dia 24 de maio passado, reuniu cerca de 200 pessoas no Plenário Barbosa de Lima Sobrinho entre representantes da associação de moradores, pescadores, órgãos públicos municipais e estaduais, ongs, Defensoria Pública, das universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro, Marinha e da CSA, que foi representada por seu diretor de Sustentabilidade, Luiz Cláudio Castro, que negou qualquer irregularidade no funcionamento da empresa.
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