segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pelo bem da Zona Oeste e da natureza do Rio

Nesta Semana do Meio Ambiente, cuja data é comemorada mundialmente no dia 5 de junho, venho fazer um apelo. Grandes empreendimentos têm explorado as riquezas naturais do nosso planeta de forma a reduzir os impactos degradantes ao meio ambiente em que vivemos. É o preço, não tão caro, diga-se de passagem, que se paga para usufruir os recursos oferecidos pela natureza.

Em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, há pouco mais de um ano se instalou a ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que produz aço para exportação e prometia trazer desenvolvimento aliado à sustentabilidade e 3.500 empregos para a região. Mas o que temos visto é um atentado contra a natureza e à população.

Além do dano ao meio ambiente, a transformação do minério em aço também está causando prejuízo aos moradores e trabalhadores de Santa Cruz. Durante o processo de resfriamento do ferro-gusa, a CSA expele uma fuligem que afeta a saúde das pessoas. Também houve, durante a construção da siderúrgica, um desvio de 90º no Canal de São Fernando, que passou a desembocar no Rio Guandu e não mais na Baía de Sepetiba, o que está causando constantes inundações na Comunidade São Fernando e nas áreas de plantação de aipim da terra preta, trazendo prejuízo para os produtores.

O que era o sonho do emprego e renda, virou dor de cabeça para muita gente. Por isso, estamos buscando um entendimento. Trouxemos esta discussão para Assembleia Legislativa do Estado do Rio porque é nossa missão fiscalizar as atividades do Poder Executivo que, por sua vez, tem o dever constitucional de fiscalizar os grandes empreendimentos.

Por isso, nesta semana em que todas as discussões se voltam para o meio ambiente, venho deixar meu apelo para que o Governo do Estado exerça de fato seu poder de fiscalizar a CSA e busque uma solução para os problemas que essa empresa vem causando à população e à natureza da Zona Oeste. Se houve um investimento de R$ 8 bilhões para instalar esse complexo siderúrgico, não deve faltar dinheiro para minimizar os impactos ambientais que está promovendo na região. Desenvolvimento e sustentabilidade têm que andar de mãos dadas pelo bem do nosso planeta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário